sábado, 15 de março de 2008

Pré-História : Paleolítico Superior


Paleolítico Superior



Este período é marcado pelo desenvolvimento de pontas de projéctil modeladas matérias duras de origem animal (osso, marfim, corno de cervídeo), pela utilização de objectos de adorno pessoal (dentes de animais e conchas furados para serem usados como pendentes, por exemplo), e pela arte. As utensilagens em pedra passam a ser quase sempre fabricadas sobre lâminas (lascas alongadas, de bordos paralelos, cujo comprimento é significativamente superior à largura), e contêm micrólitos. Estes últimos são pequenos objectos de pedra usados como barbelas que eram montadas, por encaixe ou fixação com resina, sobre pontas de zagaia feitas em madeira ou em matérias ósseas. Em certas épocas, no entanto, as pontas de zagaia eram também inteiramente em pedra, e a sua fabricação fazia-se através de técnicas muito sofisticadas (aquecimento prévio do sílex, retoque por pressão) que permitiam a obtenção de peças de grande beleza.
A evolução destas utensilagens permitiu uma subdivisão mais detalhada do Paleolítico superior, que, do mais antigo para o mais recente, compreende, no Sudoeste europeu, as seguintes fases (de que se dão os
limites cronológicos aproximados): Aurignacense (de 40 mil a 28 mil anos antes do presente); Gravettense (de 28 mil a 21 mil anos antes do presente); Solutrense (de 21 mil a 17 mil anos antes do presente); e Magdalenense (de 17 mil a 10 mil anos antes do presente). Estas designações baseiam-se nos nomes de sítios arqueológicos franceses em que aqueles tipos de vestígios foram pela primeira vez identificados de forma clara. O tipo humano representado nas jazidas do Paleolítico superior é o Homem anatomicamente moderno, Homem de Crô-Magnon, ou Homo sapiens sapiens. Na Europa, o Paleolítico superior corresponde aproximadamente à época da última Idade do Gelo, durante a qual a Inglaterra e a Escandinávia estiveram cobertas por uma extensa calote glaciar e o clima era significativamente mais frio e seco, mesmo nas regiões meridionais, do que na actualidade.


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